quarta-feira, 6 de julho de 2011

Luiz, Roberta e o Destino.

Luiz viu Roberta pela última vez naquela noite. Sabia que o que tinha sido jamais voltaria a ser. Enfiou as mãos no bolso e engoliu a seco. Foda-se, pensou.

Deu as costas para ela e para o bar cheio, para os bons momentos que tiveram juntos e a cerveja esquentando sobre a mesa. Era quarta-feira, dia de jogo. Estava cagando para o resultado do futebol. Por um momento sentiu vontade de deixar escapar uma lágrima, mas era homem, ora bolas, homens não choram. Estava muito melhor sem ela agora. Pelo menos era o que procurava pensar.

Pensou em olhar para trás, mas não queria parecer um fraco. Ela que corresse aos seus pés implorando perdão e talvez - e somente talvez - a aceitasse de volta. Não aconteceu. Era simplesmente aquele típico orgulho infantil masculino.

E pelos próximos três meses Luiz sairá de quinta a domingo, beberá e dormirá com qualquer mulher que lhe dê chances. Isso até perceber que amores fáceis não se comparam ao de Roberta, correrá atrás dela desesperado por uma nova chance.

E quanto a Roberta, que também sofrerá por um tempo, o achará apenas um chato que não larga do seu pé.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Que tal usar a imaginação?

Imagine o Universo, em sua eternidade.
Imagine os primórdios da Terra, o primeiro ser vivo, menos complexo que uma bactéria.
Imagine os dinossauros andando pela Terra.
Imagine o surgimento do Homo Sapiens, um ser evoluído com 10% da capacidade cerebral.
Imagine Colombo descobrindo a América.
Imagine D. Pedro I proclamando a independência às margens do Ipiranga.
Imagine Getúlio Vargas cometendo suicídio.
Imagine você, na condição de espermatozóide, penetrando um óvulo.
Imagine sua morte. Hoje, amanhã ou depois... quiçá daqui há vários anos.
Agora imagine o que vem depois.