Deu as costas para ela e para o bar cheio, para os bons momentos que tiveram juntos e a cerveja esquentando sobre a mesa. Era quarta-feira, dia de jogo. Estava cagando para o resultado do futebol. Por um momento sentiu vontade de deixar escapar uma lágrima, mas era homem, ora bolas, homens não choram. Estava muito melhor sem ela agora. Pelo menos era o que procurava pensar.
Pensou em olhar para trás, mas não queria parecer um fraco. Ela que corresse aos seus pés implorando perdão e talvez - e somente talvez - a aceitasse de volta. Não aconteceu. Era simplesmente aquele típico orgulho infantil masculino.
E pelos próximos três meses Luiz sairá de quinta a domingo, beberá e dormirá com qualquer mulher que lhe dê chances. Isso até perceber que amores fáceis não se comparam ao de Roberta, correrá atrás dela desesperado por uma nova chance.
E quanto a Roberta, que também sofrerá por um tempo, o achará apenas um chato que não larga do seu pé.
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