quarta-feira, 11 de setembro de 2013

eau de vie

escrevo poemas
em guardanapos de papel
esperando outra dose
uísque barato, pouco gelo
                 vou abraçando a noite
                                sua brisa fria
                       me acaricia o rosto
         recebo os afagos da solidão
a amizade dos bêbados do centro
  e o amor de putas
   tão baratas quanto o meu uísque

                a sarjeta,
                  meu leito

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