É quando você simplesmente se acostuma com a dor, se acostuma com a ausência, com a falta do abraço e mesmo das brigas. Do riso, das brincadeiras, dos momentos sérios. E de repente uma vida inteira de convivência acaba se resumindo a poucas lembranças, que dia a dia vão se tornando cada vez mais distantes.
Você já não sente a mesma coisa quando escuta aquela música ou mesmo quando vê aquela foto. Depois de três anos aquele espaço vazio já se tornou um cômodo que passa despercebido pelos olhos. Mas ainda assim, você sente falta.
A falta da barba rala quando o abraçava, do cheiro de cigarros dos seus cabelos ou quando ele simplesmente pedia um abraço no fim do dia.
Só lamento que, se algum dia eu tiver filhos, eles não terão conhecido a pessoa fantástica que o avô deles foi.
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