segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Juventude.

Deitado sobre a grama muito verde, aquele jovem de 15 anos mantinha a cabeça confotável apoiada no antebraço, tragando um cigarro enquanto observava as formas das nuvens no céu.

A vida parecia irreal, um paraíso, perfeita. Não podia ser explicada em palavras. Aquele sorriso não saia dos seus lábios, o cheiro do cabelo loiro ainda estava em suas narinas. Parecia que havia corrido uma maratona, sentia-se cansado, mas relaxado. Não havia muito sol, até poderia dormir ali. O gosto do corpo dela ainda em sua boca, era como se ainda estivesse sentindo seu toque.

Passava a mão no rosto, procurando alguma barba, não havia nada, mas sentia-se homem. Talvez fossem os cigarros que roubara do pai, talvez o corpo magro da vizinha viúva, talvez porque já não brincasse mais com seus carros de brinquedo, era apenas aquela sensação de maturidade.

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Texto postando também em agosto, porém de 2009. Gosto muito dele,
pois traduz bem o que eu sentia à época, apesar de hoje ver o quanto eu
era inconscientemente imaturo. Acho que é uma fase que nós, homens,
sempre passamos ao termos novas descobertas, novas experiências.

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