domingo, 29 de janeiro de 2012

Coisas da vida.

Havia chovido no fim da tarde, o que fazia daquela noite especialmente agradável, pois o cheiro de chuva se mantinha no ar. Parecia mais um sábado qualquer, quando o tédio bate e você não tem outra opção a não ser ir ao mesmo lugar de sempre, beber com seus amigos e jogar conversa fora.

E lá estava eu, naquele antro de pessoas "alternativas", pessoas de preto e com camisas de banda de rock. Por falar nisso, eu estava com a minha camisa do Matanza. Foi lá que eu a conheci. Ela não estava com uma camisa de banda de rock, mas uma camisa xadrez. Tinha uma pele clarinha, que dava um contraste bonito com seus cabelos muito pretos. Mas o que havia me chamado mesmo a atenção eram aqueles olhos. Ela possuía grandes olhos bonitos, um sorriso desses que te prende. Comprei uma cerveja, dei uns goles, tomei coragem e me aproximei.

Mas o que diabos eu iria falar? Pensei rápido. Tirei minha carteira de Marlboro e perguntei a ela se tinha fogo. Ela tirou um isqueiro Bic azul do bolso e me deu. Trocamos olhares, ela sorriu, eu sorri enquanto dava uma tragada no meu cigarro. Devolvi o isqueiro. Puxei assunto. Entre uma cerveja e outra, nos conhecemos.

Os cigarros dela acabaram, ofereci do meu. Nos sentamos. Tínhamos gostos em comum, gostávamos dos mesmos filmes, das mesmas músicas, torcíamos para o mesmo time.

No fim, descobri que também gostávamos do mesmo tipo de mulher.

Comprei outra cerveja, dei um belo gole e pensei: "que desperdício, meu Deus!".

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